segunda-feira, 6 de abril de 2020

Ascensão do totalitarismo

Após a 1ª Guerra, em 1918, o mundo experimentou um movimento democrático, sobretudo na Europa, mas que teve seus ideais irradiados para o mundo. Repúblicas, democracias, sufrágio mais justo, direitos das mulheres.
Nas Artes, o Modernismo explodia, em 1922 no Brasil ocorreu a Semana de Arte Moderna com um apelo nacionalista e inovador. Na Europa, o cubismo, dadaísmo, futurismo e outros também.
Quanto à economia, o liberalismo ganhava força, sobretudo com a liderança dos EUA que, após a Grande Guerra, se tornava o grande credor do mundo. Mas isso foi só por quase uma década, pois em 1929 com a Queda das ações da Bolsa de N.Y. o liberalismo econômico, que pregava que o capitalismo se auto regularia (como uma "mão invisível"), sem a intervenção do Estado, este modelo perde força para o Keynesianismo (doutrina econômica que afirmava a importância do Estado em combater os excessos dos capitalistas que sem regulação provocaram a grande crise de 1929).

Esse novo modo de política, arte e economia provocou, sobretudo na Itália e na Alemanha (países derrotados na Guerra Mundial) um movimento de defesa nacional. Na Itália o Fascismo, na Alemanha o Nazismo. Esses movimentos eram defensores de tradições nacionais, diziam que essas (duas) nações deveriam lutar por voltar aos seus triunfos do passado. Além de se auto afirmarem defensores do modo de vida nacional, combatiam o capitalismo liberal e o comunismo internacional. Queriam um estado soberano que estivesse presente na vida das pessoas.
Esses movimentos criticavam os movimentos internacionais citados acima e defendiam que o Estado traria ordem.
O Fascismo e o Nazismo se fiavam na classe média, além dos grandes proprietários de terra e na burguesia nacional. Com a ascensão de Mussolini (na Itália) e depois Hitler (na Alemanha), o Estado criou leis de proteção aos empregos, e sobretudo, ambiente favorável ao desenvolvimento de grandes empresários de suas pátrias.
Na contra-mão da democracia, o fascismo e o nazismo (assim como o socialismo soviético de Stalin) defendiam que um regime totalitário (ou seja, ditaduras) seria a maneira viável de resolver problemas como inflação, balbúrdia (os movimentos artísticos eram criticados, o movimento feminista colocava a mulher fora do papel de mãe e mulher recatada do lar, além das liberdades individuais que eram criticadas por aqueles que defendiam os valores da família tradicional).
Os regimes totalitários, quando chegaram ao poder (1922 na Itália, 1933 na Alemanha), para se manter, precisavam guiar suas nações dentro de suas doutrinas. Mas nem todos aceitaram esse controle, sobretudo os adeptos da vida liberal, membros dos partidos comunistas, minorias de estrangeiros; daí, o uso de recursos como a propaganda, para a criação de um inimigo (o liberal, o comunista, o estrangeiro). Contava-se à população sobre ter medo e ódio de tudo que combate a Pátria (Estado) e aqui colocamos esses grupos opositores. Não ler textos que se enquadravam no perfil do inimigo, não ouvir música, não valorizar artes etc. Se opor ao Regime do Estado era ser um inimigo da nação.
O caso que teve maior repercussão foi o anti-semitismo do nazismo, embora tenha existido xenofobia contra poloneses, ciganos, franceses, russos, chineses (no caso do Japão imperial), contra maçons, algumas seitas evangélicas, marxistas, ateus, ou seja, como já foi dito, tudo que se enquadrasse no perfil do inimigo.
Assim, era inevitável que esse totalitarismo não provocasse uma guerra, com veio a acontecer, pois a manutenção da ideologia fascista e nazista se fazia valer do orgulho nacional, e uma guerra contra quem quer que fosse, seria um mote para internalizar no povo o sacrifício em prol do Estado.