quarta-feira, 1 de junho de 2016

Atividade, Brasil colonial para o 3o ano

1 - realizar a leitura do codumento ( a integra também pode ser conseguido:http://www.olinda.pe.gov.br/a-cidade/historia/foral-de-olinda#.V07hzfkrLIU)
2 - perguntar sobre como o documento pode apontar a visão colonial da Europa. O batismo da terra como Nova luzitânia, a implicita declaração de que o rei, por meio do Governador geral doa partes da colônia a quem quer.
3 - Abordar aspectos do que vem a ser colonia de exploração:
  1. Latifúndio, as terras eram distribuídas em enormes propriedades agrícolas.
  1. Monocultura: toda a produção era para suprir as necessidades do mercado exterior.
  1. Havia um produto principal e toda produção acontecia em torno dele (caso do açúcar, café e borracha no Brasil).
  1. Esquecimento do mercado interno, com enfraquecimento das atividades comerciais.
  1. Trabalho escravo, com utilização dos negros.

Industrialização: o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.
Protecionismo Alfandegário: os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.
Pacto Colonial: as colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no  Brasil Colonial.
Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira. (http://www.suapesquisa.com/mercantilismo/)

Tratar do absolutismo português:
O absolutismo em Portugal
Se é verdade que a formação dos Estados modernos na Europa tendeu ao modelo absolutista, o pequeno reino de Portugal foi, sem dúvida, o pioneiro. Após a ascensão da dinastia de Avis, em 1385, Portugal alcançou um grau de centralização politica maior do que qualquer reino europeu da época.

Em Portugal, diferentemente do que ocorreu na França e na Espanha, a resistência da nobreza ao poder real foi bem menor, em especial porque ela foi integrada ao processo de expansão marítima do século XV, beneficiando-se de cargos e rendas provenientes das conquistas ultramarinas. Assim, a nobreza e a burguesia mercantil se aliaram, sob controle da Coroa portuguesa e em proveito do poder real. (http://monarquia-absolut.blogspot.com.br/2013/04/o-absolutismo-em-portugal.html) 
 Mercantismo;
Metalismo: o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a  Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades  indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.





Questão 3 aborda a questão indígena, que não era considerado o senhor da terra, mas selvagens.
Ao analisar os documentos que descreveram os povos ameríndios pela visão do colonizador português no século XVI, percebe-se que autores como: Caminha, Vespúcio, Gândavo, Soares de Sousa e Vicente de Salvador, e ainda, Lery, Staden, d’Evreux e Carrilho, todos eles, ao se depararem com um indivíduo diferente da realidade europeia, têm em sua descrição sobre o nativo, uma construção da imagem de um indivíduo e uma sociedade que justificará o processo colonizador de dominação e conversão dos índios brasileiros ao modo de vida europeu.
Aquilo que o nativo americano passa a ser pela descrição feita pelos autores citados, graças à ausência de informações históricas dos próprios nativos, será a imagem perpetuada do chamado índio. E a visão que se produziu deste índio foi a de um indivíduo e, ou sociedade que permaneceu “na estaca zero da evolução, eram (...) fósseis vivos” , ou seja, se em plena era das Descobertas e Conquistas marítimas, a população nativa da América não possuía o desenvolvimento de civilização europeu, poder-se-ia considerar que estes povos permaneceram na eterna infância primitiva, parados no tempo. Citando Varnhagen, “de tais povos na infância não há história”.
A descrição de um povo que estava distante do modelo luso-cristão poderia ser entendida como uma chamada ao reino de Portugal para que no processo colonizador, salvasse as almas ainda sem Deus. Giucci (1993) apresenta que na visão do colonizador, os índios não possuíam Fé, Lei e Rei, assim sendo, também desprovidos de senso de justiça e civilização naturais para os cristãos portugueses.

TRANSLADO DO FORAL DE OLINDA

CARTA DE DOAÇÃO DE 12 DE MARÇO DE 1537

Duarte Coelho, Fidalgo da Casa de El-Rei Nosso Senhor, Capitão Governador destas Terras da Nova Luzitania por El-Rei Nosso Senhor.

No ano de 1537 deu e doou o senhor governador a esta sua Vila de Olinda, para seu serviço e de todo o seu povo, moradores e povoadores, as cousas seguintes: Os assentos deste monte e fraldas dele, para casaria e vivendas dos ditos moradores e povoadores, os quais lhes dá livres de foros o isentas de todo o direito para sempre, (...) isto será nas campinas para pacigo (pasto), e as reboteiras de matos para roças a quem o conselho as arrendar,(...) as terras dadas a Rodrigo Álvares e outras pessoas.
O rossio que está defronte da Vila para o sul (...), o qual o dito Senhor Governador alimpou para sua feitoria e assento dela, (...) que está abaixo do caminho que vai para Todos os Santos.
Os varadouros que estão dentro do recife dos navios e os que estiverem pelo rio arriba dos Cedros e de Beberibee todo o varadouro que se achar ao redor da Vila e termo dela serão para o serviço seu e do seu povo.

Isto foi assim dado e assentado pelo dito Governador e mandado a mim Escrivão que disto fizesse assento e foi assinado pelo dito governador a 12 de março de 1537 anos.

Questões
1 – Pela estrutura do texto, que se pode extrair sobre o conceito de território na visão europeia?
2 – Qual relação desse texto com o sistema absolutista e mercantilista?
3 – Qual povo está completamente desconsiderado pela visão portuguesa?