quarta-feira, 27 de maio de 2015

Tópicos das transições do feudalismo para o absolutismo

A Finalidade deste post é servir de base para fixar tópicos de elementos políticos econômicos e sociais desde a sociedade Feudal até o Estado Absolutista. Não se trata de algo exaustivo, mas algo meramente panorâmico.
Sociedade Feudal
Sociedade estamental
Clero
Senhores
Camponeses
Economia
Baseada no sistema de reciprocidade,
o camponês trabalha para o senhor e lhe paga tributos pela concessão da terra
Relações feudo-vassálicas (marcadas por cerimônias oficiais, os nobres (senhores) realizavam laços de compromisso, proteção, serviço e conselhos)
Política
A maior força era a Igreja,
Os prelados (alto clero) mantinham o controle do povo e inclusive dos reis.
Geografia
Não existia limites entre nações, os limites estavam no âmbito do nascimento
O povo Franco, o povo Anglo, o povo Normando, os laços de sangue eram mais determinantes que espaços geográficos. Por exemplo, uma lei de um determinado povo valia para o povo e não para o local.
Ascensão da burguesia
A sociedade ganha nova configuração, com o aumento das trocas, houve a necessidade de estabelecer valores comuns entre os diferentes povos. Necessidade de surgir órgãos que guardassem o dinheiro. Os espaços urbanos ganham um outro sentido, antes, o forte da economia era nas relações de campo, com os burgueses temos as relações urbanas.
Ainda temos a divisão estamental
Clero
Nobres (senhores)
Camponeses / burguesia (trabalhador urbano)
A economia ficava entre as relações feudo-vassálicas e as trocas comerciais nas feiras.
Para adquirir produtos diferentes, não bastava a reciprocidade com pessoas que compartilhavam da mesma cultura. Agora era preciso ter metais (moedas) aceitas pelos mercadores.
Uma série de instituições foram surgindo de acordo com as novas necessidades sociais
Os senhores feudais e cavaleiros viviam de relações de reciprocidade, a burguesia vivia de comércio. Aos poucos ficava financeiramente mais forte.
Surgem: Bancos, Guidas e corporações de ofício (para os artesãos e burgueses garantirem o controle das produções e negociações). Vão surgindo faculdades (Bolonha, Oxford, Coimbra) para melhor preparar a sociedade burguesa. O estado, com força armada, leis e território.
Estado Absolutista
Há uma hibridez entre a sociedade estamental e a sociedade de classe, coexiste:
Clero/nobres/camponeses e a classe burguesa (que vem dos camponses, mas surgem como uma fonte de poder que compete e toma espaço do nobre e da Igreja)
A nobreza tenta sobreviver fazendo alianças matrimoniais com burgueses. Burgueses almejam uma imagem nobre com os casamentos.
 O Rei tem apoio da burguesia para obter poder sobre grandes territórios, como Rei, ele tem a prerrogativa.
Papeis do rei absolutista:
Reunir uma corte que promova leis e segurança.
As faculdades irão restaurar os estudos das leis e resgatar o código de leis romano.
Os nobres irão compor cargos públicos para administrar o Estado
A finalidade de todo esse aparato será o desenvolvimento da burguesia nacional.
Um estado forte será um estado que tem uma burguesia forte.
O Estado está formado, e ele se chama PORTUGAL.
Para ter uma burguesia forte, a coroa portuguesa precisa controlar o que tem mais valor na economia: Especiarias. Quem controlar a comida, controla a força de trabalho e assim produz mais riqueza.
Para controlar as especiarias, Portugal precisa quebrar a rota do mediterrâneo sob o controle ítalo-árabe.
As faculdades portuguesas desenvolvem estudos para navegar às Índias e comprar especiarias direto no produtor. Surge o modelo mercantilista.
O Mercantilismo se sustenta por um Estado monárquico que promove um ambiente para os súditos do rei, refiro-me a classe burguesa,  desenvolverem uma economia de mercado.
Um estado mercantilista precisa adquirir metais (ouro e prata)
O Estado precisa ter uma rede burocrática para melhor administrar todo a complexidade econômica, embora seja chamado de um Estado absolutista.
Esse mercantilismo precisa que os burgueses tenham uma fonte de matéria prima para produzir e competir com outros estados, ou fazer de outros estados os seus mercados consumidores.
Para essa fonte de matéria prima, os estados, sobretudo Portugal e Espanha conseguiram grandes terras, para extrair essa matéria, e monopolizar o comércio de certos produtos.
O mercantilismo europeu precisava, acima de tudo, de uma estrutura naval bem desenvolvida, pois suas colônias estavam longe do território europeu.