Aula sobre África 7º ano
(fund II)
Contar a história das
relações entre a Coroa de Portugal e o Reino do Congo, pedir aos alunos que
façam uma sequência em quadrinhos da história.
Primeiro passo – Com o
Mapa da África, mostrar as rotas das navegações portuguesas.
Segundo passo – contar a
história do texto do blog http://biclaranja.blogs.sapo.pt/descobertas-do-congo-de-angola-e-a-829734
Terceiro passo – contar a
história e pedir que os alunos acompanhem o texto. Acompanhar a história com as
imagens (postas em slides)
Quarto passo - em dupla,
ou sozinho, devem fazer uma história em quadrinhos da história.
Material:
Descobertas do Congo, de Angola e a atroz
colonização portuguesa
« [...] Naquele ano de
1482, por certo antes de Agosto, e possìvelmente na Primavera, Diogo Cão
partiu; deteve-se algum tempo, como era lógico..., na feitoria da Mina.
Retomando a viagem e ultrapassado aquele cabo [o de Santa Catarina], prolongou
o reconhecimento da costa até um pouco a sul do cabo do Lobo ou Santo
Agostinho, actualmente cabo de Santa Maria .... Dentre suas descobertas avulta
o Rio Poderoso, nome com que primeiro se designou um dos maiores rios do
continente africano, o rio do Zaire.
Aplicando o método hagiológico, que
relaciona os nomes de santos com a data da festa respectiva no calendário, pode
rastrear-se o ritmo da viagem. Supõe Damião Peres, reportando-se ao padrão de
S. Jorge, que o estuário do Zaire tenha sido visitado em 23 de Abril de 1483, e
o cabo do Lobo também chamado de Santo Agostinho e assinalado de igual forma, a
28 de Agosto daquele ano.
Facto da maior importância: Diogo Cão trouxe
na torna viagem alguns indígenas congoleses, recolhidos no estuário do Zaire, e
a notícia de que para o interior, cortado pelo curso desse rio, existia um
grande reino, a cujo chefe ele enviara emissários com um presente. Iniciava-se
assim o descobrimento humano e duma vasta comunidade de cultura, sobre que iam
assentar os fundamentos da província portuguesa de Angola.
Obedecendo a novo mandado do monarca, Diogo
Cão partia em 1485 para outra viagem de descobrimento, levando de retorno os
quatro indígenas congoleses que, na foz do Zaire, trocou pelos emissários
portugueses que ali deixara. Uns e outros se haviam mutuado o conhecimento das
línguas próprias; continuava-se a prática, iniciada em tempo do Infante D.
Henrique, da formação dos intérpretes, que permitiam um contacto mais íntimo
entre descobridores e os aborígenes. Continuando a viagem, por mais 1400
quilómetros, Diogo Cão percorreu os litorais africanos da actual província de
Angola, já em parte explorada durante a viagem anterior, e penetrou ...
Damaralândia até ao lugar da costa...
...Diogo Cão, no regresso,
fora visitar o rei do Congo à sua corte, o rei do Congo recebeu com o maior
alvoroço a embaixada portuguesa e os quatro congoleses que regressavam de
Portugal, e em troca mandou a el-rei por embaixador Caçuta [...], homem muito
principal e a ele mui aceite, que depois de ser cristão, houve nome D. João da
Silva [...], o qual trouxe a el-rei [D. João II] um presente de muitos dentes
de elefantes e coisas de marfim lavradas, muitos panos de palma bem tecidos e
com finas cores. ...os quatro congoleses, agora bem vestidos e contando
maravilhas sobre o tratamento recebido e o novo mundo de cultura entrevisto em
Portugal, o rei do Congo mandou pedir a D. João II que lhe mandasse logo frades
e clérigos e todas as coisas necessárias para ele e os de seus reinos receberem
a água do baptismo; [...] pedreiros e carpinteiros [...] e também lavradores
para lhe amansarem bois e lhe ensinarem a aproveitar a terra e assim algumas
mulheres para ensinarem as de seu reino a amassar o pão, porque levaria muito
contentamento por amor dele que as coisas de seu reino se parecessem com as de
Portugal . O rei indígena enviou também alguns moços do seu reino para que em
Portugal aprendessem a língua, os costumes e a religião dos portugueses.»